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Título: A saúde mental do cônjuge cuidador familiar da parceira em sofrimento psíquico grave
Autor(es): Batista, Eraldo Carlos
Palavras-chave: Cuidador familiar
Sofrimento psíquico
Saúde mental
Cônjuge masculino
Data do documento: 2015
Citação: BATISTA, E. C. A saúde mental do cônjuge cuidador familiar da parceira em sofrimento psíquico grave. 2015. 136f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2015.
Resumo: O cenário do cuidado familiar de pessoa que se encontra em sofrimento psíquico grave tem passado por grandes transformações no decorrer da história da loucura. Contudo, é no contexto da reforma psiquiátrica, por meio do processo de desinstitucionalização, que a família passa a ocupar um lugar importante no cuidado ao indivíduo em sofrimento, ocasião em que um de seus membros assume a condição de cuidador principal, ficando responsável pelos provimentos indispensáveis ao cotidiano do familiar doente. Historicamente, esse cuidador tem sido, na maioria das vezes, uma mulher da família. Contudo, a literatura tem mostrado que é crescente o número de homens que têm a função de cuidador familiar principal de pessoas em sofrimento psíquico, entre os quais se encontram os cônjuges. Como objetivo deste estudo, buscou-se a compreensão das experiências vividas por seis cônjuges cuidadores do sexo masculino, cujas parceiras se encontram em sofrimento psíquico grave (Transtorno Psicótico), valendo-se de uma abordagem qualitativa de orientação fenomenológica, na qual foram utilizados como instrumentos para a coleta das informações a entrevista semiestruturada, a observação e o caderno de campo. Nos discursos dos participantes, podem-se perceber as dificuldades encontradas no cotidiano tais como: a garantia das necessidades básicas da família; a coordenação das atividades domésticas diárias; a administração da medicação da esposa em sofrimento; o acompanhamento aos serviços de saúde; a convivência com os comportamentos problemáticos e episódios de crise. Ainda foi possível observar que o papel do cuidador tem gerado sobrecarga física e emocional no cuidador, levando-o a um estado de adoecimento mental, fato apontado nesse estudo que se refere às questões de gênero imbricadas na construção social do cuidado como contribuição para o adoecimento mental do cuidador. Em acréscimo, observou-se que o cuidador no início da doença da esposa encontra maior dificuldade em exercer seu papel, devido à falta de compreensão da doença mental, o que leva a um estado de desesperança; que o sofrimento psíquico da esposa pode estar dificultando a relação conjugal, diminuindo a afetividade entre os cônjuges; e que existe uma visão estereotipada sobre o sofrimento psíquico, a qual influencia a vivência social dos cônjuges. Pelo exposto, o presente estudo sugere que a assistência domiciliar em saúde mental representa um importante instrumento na abordagem do cuidador familiar.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Psicologia. Orientador(a): Prof. Dr. José Carlos Barboza da Silva.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1195
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia (Dissertações)

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