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Título: Medicalização dos Transtornos de Aprendizagem: mudanças na vida de uma criança
Autor(es): Kremer, Carine Antonia
Palavras-chave: Medicalização
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Escola
Data do documento: 2016
Citação: KREMER, C. A. Medicalização dos transtornos de aprendizagem: mudanças na vida de uma criança. 2016. 104 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2016.
Resumo: A medicalização de transtornos de aprendizagem está presente na vida de crianças e adolescentes em larga escala. Muitos são os casos em que problemas de cunho histórico, político e social são reduzidos e transformados em doença. Dessa forma, esta dissertação é fruto do estudo de caso de uma criança de oito anos que recebeu diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), a qual faz acompanhamento neurológico, psicológico e consome Ritalina diariamente. O objetivo geral do estudo foi analisar as mudanças decorrentes da medicalização dos transtornos de aprendizagem em uma criança no processo de escolarização, e os objetivos específicos: compreender como se dá o processo de diagnóstico dos transtornos de aprendizagem e compreender o significado atribuído pela família e pela escola à medicalização dos transtornos de aprendizagem. Para obtenção dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com a criança, sua mãe e sua professora, as quais foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas. A análise dos dados encontrados resultou em quatro categorias: O Processo Diagnóstico: Transformando em Doença; Tratamento do TDAH: A Busca de uma Fórmula Mágica; Consequências da Medicalização na Vida de Fabiano e Escola e o Processo de Medicalização. Os resultados revelaram que o rótulo mudou a vida da criança, de sua família e também causou alterações no ambiente escolar, pois com as supostas dificuldades levantadas pela escola, a criança foi levada aos profissionais da saúde e enquadrada em uma classificação diagnóstica. O laudo de TDAH justifica o não aprender e a indisciplina, fazendo com que a qualidade do ensino oferecido na escola não seja questionada e que, inicialmente, a criança seja deixada de lado nas atividades escolares. A mãe e a professora acreditam que os profissionais da saúde e a medicação irão resolver os problemas como num passe de mágica e, quando isso não acontece surge a frustração e o sentimento de impotência. No entanto, a sujeição ao saber médico impede que ambas as partes teçam críticas mais sérias ao diagnóstico ou ao subsequente tratamento, ainda que em alguns momentos coloquem em dúvida a eficácia do mesmo.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Psicologia. Orientador(a): Prof. Dr. Luís Alberto Lourenço de Matos.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1433
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