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Título: As atrocidades do colonialismo em O paraíso do diabo, de Walter Hardenburg
Autor(es): Gurgel, Maria Eliése
Palavras-chave: Barbárie
Colonização
Crime
Índios do Putumayo
Data do documento: 2017
Citação: GURGEL, M. E. As atrocidades do colonialismo em O paraíso do diabo, de Walter Hardenburg. 2017. 96f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Programa de Pós- Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários(MEL), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2017.
Resumo: Esta pesquisa propõe-se a uma leitura investigativa da obra O Paraíso do Diabo: relato de viagem e testemunho das atrocidades do colonialismo na Amazônia, do engenheiro e missionário norte-americano, Walter Ernest Hardenburg (1866 – 1942). O objetivo central é analisar os crimes e a barbárie ocorridos na bacia do rio Putumayo, na tríplice fronteira Peru, Colômbia e Brasil, durante as atividades de coleta e produção da borracha, sob a administração da Peruvian Amazon Company (PAC),empresa que tinha sede em Londres (Inglaterra), Manaus (Amazonas) e Iquitos (Peru) e tinha o peruano, Julio César Arana (1864 – 1952), como acionista majoritário. Através de inúmeras ações criminosas e bárbaras, os funcionários da PAC forçavam os nativos da região a trabalhar sob regime de escravidão, submetidos a flagelos e até à morte, caso não apresentassem a cota de borracha exigida pela empresa. A análise está embasada em algumas noções teóricas de estudo sobre o terror, com Michael Taussig, advindas, principalmente, de sua obra Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem: um estudo sobre o terror e a cura(1993), de discurso e poder, formação e prática discursiva cunhadas por Michel Foucault em A ordem do discurso(2010) e A arqueologia do saber (2002) e Microfísica do poder(1988). Essas noções teóricas serão complementadas pelos estudos pós-colonialistas de Silviano Santiago, que apresenta o conceito de entre-lugar do discurso latino-americano em Uma literatura nos trópicos(2000)como ferramenta para tentativa de elaboração de um contra-discurso por parte do intelectual que se propõe ao serviço de descolonização; Tzvetan Todorov, em A conquista da América(2003), que estuda a questão do “eu” e do “outro”; Homi Bhaba, que teoriza sobre O local da cultura (2003), numa abordagem da identidade do eu e do outro a partir da ambivalência do discurso colonial; e Frantz Fanon com seu estudo sobre a colonização e a descolonização em Os condenados da terra(2002).
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (MEL), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Orientador(a): Prof. Dr. Hélio Rodrigues da Rocha.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1827
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