Confinamento milho grão inteiro: estudo de caso

Abstract

O Brasil está em expansão na pecuária de corte, sendo o país com o maior rebanho comercial do mundo. Para manter a liderança e avançar ainda mais, vem intensificando estratégias na produção pecuária como na terminação de animais em confinamentos a fim de produzir uma carne de melhor qualidade, com animais precoces e com aumento da produção em grande escala. Por outro lado, o confinamento tradicional depara-se com barreiras como a produção e armazenagem do volumoso, por este motivo a dieta que está em acessão no mercado é conhecida como a do “alto grão”, “núcleopellet” ou “grão inteiro”. Essa dieta sem volumoso em sua formulação, está gerando resultados satisfatórios, proporcionando saciedade para o animal devido seu alto valor energético e equilíbrio nutricional. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo de caso a fim de comparar o método tradicional de confinamento com a alternativa “grão inteiro”. Nesta abordagem têm-se aspectos da adaptação dos animais em confinamento sem o volumoso, da formação de seus lotes, a estrutura apropriada para o confinamento, o regime de alimentação, os possíveis transtornos metabólicos, além das condições do preço do milho determinante para lucratividade desta atividade. Foram analisadas as planilhas de custo benefícios, o ganho médio diário de peso, a conversão alimentar e a margem de lucro dos dois últimos lotes abatidos do confinamento. Foi também feito o relatório do lote atual, sendo 195 bois com peso médio de 408 kg, sendo que estes animais já passaram pelo período de adaptação, e estão confinados a dieta com grão inteiro de milho a 85%, e o núcleo-pellet (engordin 38) a 15%, com consumo de 2% do peso vivo.