Avaliação da qualidade da água subterrânea na cidade de Alta Floresta D’Oeste – Rondônia/Brasil

Abstract

A água pode ser estudada sob diferentes abordagens, visto que é um elemento fundamental para o desenvolvimento dos organismos vivos, bem como está em constante relação com os elementos abióticos. Mas a problemática que a presente pesquisa visa abordar está relacionada a qualidade das águas subterrâneas, utilizadas para consumo humano, sob possível contaminação de origem antrópica. Nesse sentido, a pesquisa objetivou avaliar a qualidade das águas proveniente de poços amazonas, na cidade de Alta Floresta D’Oeste, utilizando como indicadores os seguintes parâmetros: cor, turbidez, condutividade elétrica, pH, temperatura e coliformes termotolerantes, todos estes analisados a luz da Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017 e demais legislações e normas pertinentes. O método utilizado é indutivo, bem como caracteriza-se como pesquisa quali-quantitativa de caráter descritivo. Foram selecionados 49 poços amazonas de forma aleatória, na área total que abrange os setores censitários urbanos, conforme estabelecidos pelo IBGE (2010). Porém, foi considerado como universo amostral 45 poços para as análises de estatística descritiva e geoestatística. Os poços foram selecionados fazendo uso de Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando o software ArcGis. 9.3, sendo este também utilizado na construção dos mapas. Os procedimentos metodológicos desse estudo constituem-se em cinco etapas: trabalho de gabinete, trabalho de campo, análises laboratoriais, análises geoestatística dos dados e elaboração de mapas temáticos por meio do método de Krigagem Universal, que se mostrou eficiente para representar a variabilidade da concentração dos parâmetros de qualidade da água, na área de estudo. Por fim, foi possível inferir que as águas subterrâneas, na maior parte do perímetro urbano, encontram-se improprias para consumo humano, em sua forma in natura, principalmente, pela identificação de altos teores de coliformes termotolerantes em, praticamente, 100% das amostras avaliadas. Isto pode ser atribuído, entre outros fatores, a ausência de um sistema de coleta e tratamento de esgoto doméstico, seguido de um sistema de distribuição de água tratada eficiente e suficiente para atender as demandas.