Compostos bioativos em bacaba e pupunha: uma revisão

Abstract

Os antioxidantes são substâncias que quando presentes em baixas concentrações em comparação com a de um substrato oxidável, retarda ou inibe significativamente a oxidação desse substrato. Tendo em vista que o estresse oxidativo pode causar diversos distúrbios neurológicos e patológicos nos seres vivos, tem-se associado o consumo de frutas com alto teor de antioxidantes com a diminuição do desenvolvimento de diversas doenças. Estudos envolvendo a composição fitoquímica dos frutos das espécies nativas da Amazônia podem promover sua valorização e benefício. Neste trabalho, foram reunidas informações sobre compostos bioativos e capacidade antioxidante de bacaba e pupunha, com base em resultados de pesquisas já publicadas nos últimos anos. Observou-se que os solventes de extração dos compostos antioxidantes variam, sendo usado principalmente metanol. A capacidade antioxidante avaliada por distintos ensaios apresentou correlação com a composição fitoquímica dos frutos, cujo principal grupo presente é o de compostos fenólicos. Foram identificados em bacaba-de-leque a cianidina 3-O-rutinósido e o ácido clorogênico. Na bacaba, a catequina, a epicatequina e derivados de quercetina e a ramnetina se mostraram presentes. Nos estudos avaliados, não houve a identificação dos compostos da pupunha. São necessárias mais pesquisas em relação a atividade antioxidante, identificação de ácido ascórbico, antocianinas e flavonoides nos frutos bacaba e pupunha. A bacaba e a pupunha necessitam ser mais exploradas e, principalmente, estudos com o isolamento dos compostos bioativos destes frutos e aplicação em alimentos industrializados são oportunidades que devem ser consideradas.