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Título: Relação sociedade-natureza em reserva extrativista na Amazônia
Autor(es): Lemos, Ediberto Barbosa
Palavras-chave: Relação sociedade-natureza
Área protegida
Reserva extrativista
Data do documento: 2021
Citação: LEMOS, Ediberto Barborsa. Relação sociedade-natureza em reserva extrativista na Amazônia. 2021. 157 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2021.
Resumo: O relacionamento das pessoas com a natureza e os vínculos afetivos que elas desenvolvem com lugares específicos são temáticas de grande relevância acadêmica e amplamente discutidas na literatura sob diversas óticas. As comunidades tradicionais residentes em Áreas Protegidas (Unidades de Conservação no Brasil) vivenciam rotineiramente experiências diretas com a natureza e por vezes um cenário de vulnerabilidade socioeconômica. Nesse sentido, observou-se a lacuna de estudos que integrem essas temáticas na perspectiva das comunidades tradicionais residentes da Amazônia. Em virtude disso, a presente pesquisa teve como objetivo propor e aplicar um framework para analisar os fatores que motivam a permanência das pessoas em Áreas Protegidas apesar das dificuldades socioeconômicas que vivenciam. A pesquisa foi realizada na Reserva Extrativista Rio Ouro Preto (RESEX Rio Ouro Preto), localizada no Bioma Amazônico do Brasil. Optou-se por esse tipo de Área Protegida (RESEX) por se tratar de uma unidade que permite o uso sustentável dos recursos naturais e, consequentemente, estimular as relações com a natureza e a formação de vínculos afetivos com o lugar. Ademais, as Reservas Extrativistas foram concebidas no Brasil como alternativa de assegurar a sustentabilidade de povos tradicionais que dependem da floresta para sobreviver. A presente pesquisa contempla dados secundários que foram obtidos por meio de análise documental e dados primários oriundos de entrevistas semiestruturadas com quatorze moradores da RESEX Rio Ouro Preto e uma entrevista com um servidor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pelo gerenciamento da unidade. Os resultados evidenciaram sete categorias: emocional, filosófica, experiencial, cognitiva, material, pobreza relativa e condições requeridas para viver na cidade. Essas categorias são constituídas por vários fatores que possibilitam analisar três situações específicas no contexto de áreas protegidas de uso sustentável dos recursos na Amazônia: 1 – interação com a natureza que é composta por conexões emocionais e filosóficas; 2 – percepção ambiental que compreende fatores experienciais e cognitivos; e 3 – exploração dos recursos naturais que é constituído por conexões materiais, a relatividade da pobreza e condições requeridas para viver no ambiente urbano. Os resultados fornecem informações que auxiliam as entidades responsáveis pelo gerenciamento de áreas protegidas a planejar locais mais adequados às necessidades de seus usuários. Além disso, amplia a discussão sobre os sistemas socioecológicos no bioma Amazônia e contribui para o aprofundamento da interação entre povos tradicionais e natureza em unidades de conservação de uso sustentável. Por fim, a estrutura proposta pode apoiar ou integrar pesquisas futuras.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4119
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