Odonata (Insecta) como bioindicadores em Unidades de Conservação na Amazônia

Abstract

Os bioindicadores são espécies, grupos ou comunidades biológicas que apresentam resposta da comunidade biológica a fatores diversos que podem estar ocorrendo em um sistema. Dentro do grupo de bioindicadores podemos elencar os insetos aquáticos como os da ordem Odonata, cujo a composição e abundância têm demonstrado uma forte relação com a integridade do ambiente. As Unidades de Conservação (UC), são espaços territoriais que asseguram a preservação e conservação dos seus recursos ambientais, para assegurar a preservação do patrimônio biológico existente. Portanto, investigamos as características descritoras da assembleia de Odonata em igarapés de Unidades de Conservação na Amazônia a fim de avaliar a integridade de igarapés no interior de Unidades de Conservação. Foram selecionadas três UC’s (Parque Nacional do Mapinguari, Reserva Biológica do Jaru e Parque Natural Municipal Raimundo Paraguassu de Oliveira). Foram selecionados quatro trechos de igarapés dentro de cada UC para a coleta de dados dos adultos de Odonata, caracterização do ambiente e dados limnológicos. Para isso foi utilizado o Protocolo Básico de Igarapés do Programa Monitora ICMBio. Foram avistados 359 Odonatas, distribuídas em duas subordens, tendo 309 da subordem Zygoptera e 50 da subordem Anisoptera. Os parâmetros físicos e químicos obtidos foram, pH com variação de 4,7 a 6,6, oxigênio dissolvido variando entre 2,6 mg/l a 8 mg/l e temperatura variando entre 22,6ºC A 27,8ºC. Quando observamos as variáveis que tiveram maior significância nos agrupamentos das subordens, tivemos que a temperatura foi teve maior influência em relação a subordem Anisoptera, enquanto a abertura de dossel teve uma maior influência para a subordem Zygoptera. Podemos concluir que a proporção das subordens refletiu as condições de integridade do habitat, mostrando sua eficiência como bioindicadores.