O papel do profissional de apoio à inclusão do estudante com transtorno do Espectro autista: um olhar sobre o educador social

Abstract

Este trabalho tem como tema o papel do profissional de apoio à inclusão do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a partir de um olhar para o educador social. No contexto educacional, a inclusão dos alunos com TEA tem se apresentado desafiando os profissionais que atuam na Educação Especial, portanto como ponto de partida, a questão principal da investigação é: qual o papel do profissional de apoio à inclusão do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma escola pública municipal localizada no Estado de Rondônia (RO)? Essa questão é relevante porque a Lei Federal nº 12.764 (BRASIL, 2012) preconiza o direito de um profissional especializado ao aluno com TEA, quando matriculado em uma sala de aula regular considerando suas necessidades de aprendizagem. Apresenta como objetivo geral compreender o papel do profissional de apoio à inclusão do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma escola pública municipal localizada no Estado de Rondônia. Para tanto, esta investigação tem o procedimento metodológico a pesquisa de levantamento e análise documental, nas quais os dados foram coletados por meio do Edital de Nº 002/2023 (ARIQUEMES, 2023) e Projeto Pedagógico da escola participante (ARIQUEMES, 2021), além de uma entrevista com roteiro pré-definido, tendo como participantes cinco educadores sociais (ES) de uma escola pública municipal de Ariquemes / RO, e interpretados por meio da análise de conteúdo. Tem como principais resultados e discussão organizados em cinco categorias: I) análise documental - do ideal ao real: evidenciou-se que as disposições legais que regem sobre o profissional de apoio ao estudante com TEA; II) perfil dos participantes, identificou-se que eles desempenham atribuições de acompanhar os estudantes com TEA na sala de aula regular, mesmo não tendo formação especializada e contribuindo para o desenvolvimento dos estudantes com TEA. Em relação às III) percepções dos educadores sociais, percebeu-se que cada um deles acompanhava um aluno com TEA, e por meio da formação continuada recebiam orientações para organizarem seu trabalho. No que se refere às IV) evidências do apoio a inclusão confirmou-se que os ES buscavam com a professora da sala e a docente especializada da Sala de Recursos (SRM) troca de informações sobre as necessidades dos alunos com TEA e essa colaboração favorecia o processo de inclusão dos alunos com TEA. Por fim, quanto à V) prática profissional verificou-se que, mesmo sem formação especializada, a partir de orientações da professora da SRM, acompanham as atividades pedagógicas em sala de aula auxiliando os alunos com TEA para que eles participem e realizem as tarefas propostas pela professora regente. Pretendemos oferecer com a pesquisa uma contribuição ao campo educação inclusiva, voltada ao direito de suporte pedagógico ao estudante com TEA no processo de inclusão.