Uma análise da situação profissional das mulheres contadoras egressas do curso de Ciências Contábeis da UNIR - Campus de Vilhena

Abstract

Nos últimos 200 anos a mulher conquistou o direito à herança, ao divórcio, ao voto, e conquistou seu espaço no mercado de trabalho. Na atualidade, pesquisas ainda mostram desigualdades entre homens e mulheres na vida profissional, sejam na conquista de cargos de liderança, sejam na questão salarial. Com uma abordagem da evolução do papel da mulher na sociedade e das conquistas feministas, este artigo busca compreender a situação profissional das alunas egressas do curso de ciências contábeis da UNIR, campus Vilhena. Para isso são abordadas breves questões pessoais e profissionais em um questionário que utiliza do método survey, com perguntas de múltipla escolha e perguntas de resposta aberta respondido por 19 alunas egressas do curso de ciências contábeis da UNIR- campus Vilhena. O questionário foi disponibilizado no período de 17/09/19 a 15/11/19 e seu link encaminhado por e-mail a várias alunas egressas do curso sem levar em conta o ano de conclusão do curso. As alunas que responderam ao questionário, entretanto, terminaram o curso entre 2002 e 2019. Posteriormente são realizadas também entrevistas com áudio gravado, durante o mês de novembro de 2019, utilizando do método de entrevista semiestruturada, com 4 alunas dentre as 19 que responderam ao questionário. Foram escolhidas mulheres que estavam empregadas na época de realização da pesquisa. A pesquisa busca demonstrar por meio de dados quantitativos e qualitativos a influência das atribuições de gênero na vida profissional das mulheres formadas em ciências contábeis e a visão das mesmas sobre as diferenças de gênero, como, por eemplo, as relações com colegas e superiores e a divisão de funções. A pesquisa também leva em consideração as questões pessoais que normalmente fazem com que a mulher tenha uma jornada dupla ou tripla de trabalho, cuidando da casa ou sendo mãe, e como isso influencia sua vida profissional. Foi possível estabelecer que as mulheres que participaram da pesquisa corresponderem a um grupo de mulheres com acesso à educação e tecnologia, sendo profissionais capacitadas para suas funções e que a divisão de tarefas no lar, com o cônjuge, é sempre igualitária. Entretanto, a divisão de tarefas no trabalho, em alguns casos, mostra-se desigual quando consideramos a questão de gênero.