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Título: O tempo, a cidade, o rio e o ouro: uma etnografia das vivências garimpeiras no Rio Madeira na cidade de Porto Velho
Autor(es): Lima, Ilza dos Santos
Palavras-chave: Amazônia
Mineração de ouro
Rio Madeira
Data do documento: 2023
Citação: LIMA, Ilza dos Santos. O tempo, a cidade, o rio e o ouro: uma etnografia das vivências garimpeiras no Rio Madeira na cidade de Porto Velho. 2023. 143 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Esta pesquisa é uma contribuição aos estudos sobre a mineração aurífera na Amazônia. A pesquisa se propôs a refletir, por meio de uma etnografia, sobre as vivências garimpeiras no rio Madeira na cidade de Porto Velho - RO. Através das vivências cotidianas no garimpo no rio Madeira, tentei dar voz aos sujeitos sociais, os garimpeiros operadores e seus modos de vida, seus medos, suas táticas e estratégias, o que me possibilitou uma maior compreensão da diversidade das questões pesquisadas. Primeiramente, comecei com a reconstrução da paisagem do garimpo no passado dentro da Amazônia, verificando como era e como funcionava. O referencial teórico utilizado para o desenvolvimento do trabalho partiu de autores que desenvolveram estudos sobre o garimpo na Amazônia. As metodologias utilizadas foram a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo por meio de observação participante. O local de estudo foi o garimpo do Simãozinho. O espaço temporal do estudo foi situado do final de 1970 até os dias atuais. Os resultados indicam que o garimpo no rio Madeira sempre esteve em constante transformação, que afeta os sujeitos envolvidos na garimpagem e o seu lugar social. Pois as vivências garimpeiras se mostraram dramáticas. Os garimpeiros convivem com o medo constante e têm a consciência de que a atividade constitui uma forma de resistência de um processo de produção mineral na Amazônia que não encontra mais respaldo na sociedade. Eles se percebem com estigmas sociais e à margem da sociedade. Isso ficou evidente no repertório das vivências narradas, mesmo considerando que os povos da Amazônia vivem dos recursos que ela oferece, apesar do apelo feitos garimpeiros operadores de que a garimpagem é fonte de sobrevivência deles de suas famílias. O garimpo de ouro, atualmente, reclama convenções e reconvenções com os arranjos que os garimpeiros fazem para dele viver, combinando o legal e o ilegal. O fato é que as demandas de ordem ambiental e o processo de exaustão das lavras na Reserva Garimpeira do rio Madeira, faz com que a atividade garimpeira se apresente entrelaçada em todos os aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais, apontando para os discursos simbólicos e antagônicos mediante os quais mostram conflitos e alude campos diversos, em que grupos a favor ou contra a garimpagem no rio Madeira tentam fazer com que prevaleçam seus interesses específicos.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/5056
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