A Pedagogia Social em espaços não-escolares: O Cras do bairro Jardim dos Migrantes Ji-Paraná/RO

Abstract

A educação está em constante evolução na sociedade e não se limita apenas a espaços educacionais formais, podendo ser encontrada em diversos âmbitos e ser trabalhada em diversos lugares, garantindo um melhor desempenho de equipes e profissionais em espaços escolares e não escolares. Este trabalho tem como tema a Pedagogia não escolar e por isso vai trazer alguns elementos de como acontece a atuação do pedagogo no Cras do Bairro Jardim dos Migrantes do município de Ji-Paraná/RO. Partiu-se do seguinte problema de pesquisa: Como se dá a atuação do pedagogo/a em espaço não escolar no Cras Jardim dos Migrantes, município de Ji-Paraná-RO, ano 2023-2024? Diante dessa perspectiva, este trabalho tem o objetivo geral compreender como se desenvolve a pedagogia em espaços não escolares no Cras do Bairro Jardim dos Migrantes em Ji-Paraná/RO. O interesse em desenvolver este estudo se deu ao descobrir, no curso de Pedagogia da UNIR, campus de Ji-Paraná a vasta área de estudo e de atuação que um pedagogo/a pode ter; outro fator é apresentar mais reflexões ao tema e explorar sobre as diversas possibilidades dessa atuação dando a conhecer melhor o tema, superando estereótipos da pessoa do pedagogo/a como aquele/a que somente trabalha com crianças pequenas. A metodologia foi de cunho qualitativo, utilizando o método estudo de caso, tendo como principal técnica de pesquisa observação simples acrescido de um questionário semiestruturado. Os sujeitos da pesquisa foram duas colaboradoras, uma que exerce a função de auxiliar administrativo e a outra, de pedagoga. As observações foram feitas de novembro de 2023 a fevereiro de 2024 e foram observados a rotina de funcionamento do local, acompanhamento das atividades exercidas pela pedagoga no atendimento às famílias assistidas, bem como, ao público geral. Destacamos como relevante nesta pesquisa, que o pedagogo que atua em espaço não escolar assume inúmeras funções e tarefas diferentes no cotidiano e geralmente lida com situações de vulnerabilidade social; precisa entender desde processos formativos escolares, a projetos financeiros, prestação de contas, relatórios, organização e condução de equipes, relações políticas com outras entidades a fim de fazer funcionar os programas sociais, no caso do Cras. Sua profissão sofre interferência direta do poder público que por vezes faz “dança de cadeiras”, nem sempre respeitando processos pedagógicos em andamento. Com mudanças de pessoas nas equipes de trabalho, esse pedagogo/a precisa sempre estar pronto para se adaptar e a valorização da sua carreia ainda é um desafio.